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01, fevereiro de 2019

Como transformar um trabalho temporário em emprego?

Final de ano é  época de contratação. As festas de natal e réveillon, o período das férias e a necessidade de fechar os resultados do exercício levam as empresas a buscar reforços em suas equipes, notadamente na  área de vendas.

Para o Ministério do Trabalho e Emprego, essa modalidade de contratação se refere às atividades prestadas  por pessoa física a uma empresa, para atender a necessidades transitórias de substituição de seu pessoal regular e permanente ou a acréscimo extraordinário de serviços, e está regulamentado pela Lei nº 6.019, de 03 de janeiro de 1974 e pelo Decreto 73.841, de 13 de março de 1974. 

 

O trabalho temporário tem duração máxima de 90 dias.  Mas, e depois desse período? Como fazer para não ser dispensado? Isso é o que discutiremos na coluna dessa semana.

 

A manutenção das pessoas que ingressam por trabalho temporário nas empresas depende de variáveis conjunturais de mercado e do próprio desempenho desse novo funcionário. 

O primeiro aspecto está além de nossa possibilidade de intervenção, já quanto ao segundo, aí sim, convém tecer algumas considerações.

 

O nosso desempenho é medido pelos resultados que entregamos à empresa e pelas nossas atitudes. Não adianta ser extremamente qualificado tecnicamente e não ter uma postura proativa e colaborativa.

O mesmo se aplica à situação contrária. Conquistar a chefia e os colegas de trabalho não é suficiente para encobrir nossas eventuais deficiências. Portanto, o equilíbrio entre essas duas dimensões é essencial para a conquista do contrato de trabalho permanente.

Algumas dicas

 

– Demonstre disposição para o trabalho. Evite atrasos e faltas. Ofereça-se para ajudar aos outros quando necessário. Ou seja, não faça corpo mole.

 

– Procure aprender outras funções. Muitas vezes não há vaga para mantê-lo na função em que você se encontra como temporário mas, existe a possibilidade de aproveitá-lo em outras áreas. Se não tiver a oportunidade de exercitar, procure demonstrar vontade de aprender, esse já é um bom início.

– Se relacione bem com a equipe. Evite fofocas.  Mapeie o ambiente e identifique as possíveis fontes de problemas. Lembre-se, você está chegando agora e pode ser cooptado por um ou outro grupo ou “panela” da organização. Você não sabe aonde está pisando e tampouco conhece bem essas pessoas.

Tente se manter neutro e desenvolver um bom relacionamento com todos. Na sua tentativa de mostrar serviço, tome cuidado para não despertar antagonismos na equipe existente, afinal, você pode ser mal interpretado.

– Não paparique a chefia. Agradar a chefia não é o mesmo que paparicá-la. Todos perceberão suas intenções, por isso, com o perdão da expressão, não seja puxa-saco. Esse tipo de atitude pega muito mal.

– Contribua com sugestões e ideias. Sempre que solicitado, demonstre suas opiniões. Procure fazer isso de forma técnica, equilibrada, atentando-se para os fatos.

Demonstre criatividade. Mas tenha cuidado para não parecer exibicionista. Sempre temos que perceber quando nossas intervenções são bem-vindas. Algumas empresas não apreciam os excessos de iniciativa. Observe antes.

– Seja efetivo em seu trabalho. Ser efetivo significa ser eficiente (fazer o trabalho da  melhor maneira possível) e eficaz (fazer o que tem que ser feito, no tempo certo) ao mesmo tempo.

É claro que cada situação é uma situação. Mas essas dicas básicas lhe auxiliarão a fazer a sua parte. Se o mercado não estiver contratando, ao menos você poderá ser indicado para outras oportunidades e, quem sabe, retornar no ano seguinte. Portanto, se essa é a sua situação, invista, acredite, e boa sorte!


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